... Julgo que depois destes malabarismos, os currículos das pessoas com funções políticas activas com o propósito de praticar o bem comum de uma nação, devem ser exigidos e publicados em Diário da Republica para qualquer cidadão poder consultar e certificar-se das habilitações de cada politico. Não deve ser uma opção, mas uma condição contemplada numa lei própria para o efeito, pois como sabemos, nenhum trabalhador é admitido numa função numa empresa, sem referências e/ou curriculo académico/profissional. será verdade que o PS está "calado" neste caso da licenciatura de M. Relvas porque o Irmão Maçon António Seguro dos Bancos (da Universidade Lusófona) foi um dos professores envolvido no processo?...

Casino Especulação Global Ameaça Berlim; Crise de Que Nem A Alemanha Escapa! Euro: "Como Pode Uma União Monetária Funcionar Se As Economias Se Afastam Cada Vez Mais Umas das Outras?"; Richard Swartz Escritor e Jornalista Sueco



Crise da dívida: O crescimento não se compra assim


«A crise está de volta à Alemanha, pelo menos nos jornais. Primeiro, porque o Financial Times revelou que um guru da finança americana, o especialista John Paulson, aposta contra a Alemanha, ao dizer que, muito brevemente, a crise terá uma tal amplitude que fará com que Berlim perca a sua notação de triplo A» - A este proposito importa salientar que também o globalista George Soros disse há dias em Paris: "Se Tiver que Apostar é contra o Euro"


 


19 abril 2012 Dagens Nyheter Estocolmo

"A visão de futuro que nos traçam os dirigentes europeus assemelha-se rigorosamente às oportunidades perdidas de há uns anos."

 

"Qualquer economista ou político medíocre é capaz de arranjar uma receita miraculosa para os problemas económicos da Grécia, mas que terá tão pouca probabilidade de ser aceite como de arranjarmos quem nos sirva um café turco em Atenas."





Richard Swartz


A acreditar no quadro que pintam os políticos, os novos apoios que substituem os antigos vão criar condições propícias às reformas desejadas e ao crescimento económico, nos países do Sul da Europa. No entanto, esta visão do futuro parece retomar as oportunidades perdidas de há uns anos, sem qualquer diferença. Alguém acredita que já ultrapassámos a crise da dívida europeia?


Até agora, contentámo-nos em carregar no travão a fundo e tratar os sintomas da crise. Todos apertam os cintos, voluntária ou involuntariamente. Uma vez mais, os dirigentes europeus optaram por aquilo que melhor sabem fazer: ganhar tempo.

Pretendem aproveitar a situação para promover o crescimento económico, única saída para a crise. Um crescimento que só pode ser alcançado se cada país se empenhar nele. Este credo simpático e absolutamente correto é martelado como uma fórmula recorrente pelos principais dirigentes europeus.

Mas será realista? Por vezes, fica a impressão de que a classe política tem apenas uma muito vaga ideia de como funciona realmente a economia em vários países do Leste e do Sul da Europa, e que palavras de ordem como "reformas" ou "crescimento" pouco mais lhes dizem do que falsas esperanças ou pura fantasia.

Antiga economia desmantelada


O dilema é particularmente evidente na Europa Oriental. Com o colapso do regime comunista, a antiga economia foi desmantelada. As fábricas foram fechadas ou faliram. Quase de um dia para o outro, todos os produtos foram substituídos: da pasta dentífrica à margarina, passando pelos pensos higiénicos, frigoríficos, sofás e automóveis. Para os consumidores dos países do Leste, foi uma verdadeira bênção.

Em menos tempo do que leva a dizer, passaram da penúria para a abundância. Com um único problema: no Leste, não havia dinheiro para comprar os produtos ocidentais. Os habitantes desses países receberam, pois, empréstimos generosos dos novos bancos comerciais, filiais dos do Ocidente. O resultado são economias que, ainda hoje, produzem geralmente pouco e assentam unicamente na base precária do endividamento.

Grande parte do Sul da Europa está numa situação semelhante. Fraca produção, exportação insignificante, alto endividamento. Aí, a introdução do euro teve, paradoxalmente, efeitos semelhantes aos da queda do Muro. Pela primeira vez, esses países tiveram acesso a créditos financeiros "reais", ainda por cima baratos, como se o Peloponeso ou a Extremadura se localizassem na Renânia ou fossem vizinhos da Baviera.

Esse tipo de oportunidade só surge uma vez na vida. Durante cerca de dez anos, uma enxurrada de créditos atingiu o Sul da Europa. Esse dinheiro serviria para ajudar a criar as bases de um crescimento económico autossustentável – se tivesse sido investido em infraestruturas, na restruturação do Estado, no saneamento de faixas inteiras da atividade económica ou na educação. Em vez disso, foi atirado à rua.

Solução é tomar consciência do que é essencial


Hoje, quando novos apoios se preparam para substituir os antigos, dizem que vão servir para criar as condições necessárias para as reformas previstas e para o crescimento económico no Sul da Europa.

 

Ora essa oportunidade já foi dada antes e foi desperdiçada. A visão de futuro que nos traçam os dirigentes europeus assemelha-se rigorosamente às oportunidades perdidas de há uns anos.

 

Os homens criam muito mais problemas do que soluções. Olof Palme dizia que resolver um problema – logo, a função da política – era uma questão de vontade. Para Karl Marx, a solução é tomar consciência do que é essencial. Muito bem. Qualquer dessas abordagens mal não faz. Mas foi, sem dúvida, Bismarck o mais perspicaz, quando defendeu que a política é a "arte do possível", devendo por isso procurar as soluções de entre o que é materialmente possível fazer. Qualquer economista ou político medíocre é capaz de arranjar uma receita miraculosa para os problemas económicos da Grécia, mas que terá tão pouca probabilidade de ser aceite como de arranjarmos quem nos sirva um café turco em Atenas.

A questão está em saber de que irá viver uma série de países europeus no futuro, no contexto atual de globalização. Ninguém parece ter uma resposta. Tudo o que se sabe é que vai ser preciso mudar radicalmente de estilo de vida. E que a China, muito mais do que a Alemanha, se encarregará disso.


Visto da Alemanha


Hesitações de Berlim atraem especuladores


A crise está de volta à Alemanha, pelo menos nos jornais. Primeiro, porque o Financial Times revelou que um guru da finança americana, o especialista John Paulson, aposta contra a Alemanha, ao dizer que, muito brevemente, a crise terá uma tal amplitude que fará com que Berlim perca a sua notação de triplo A; depois porque, com a sua forte previsão de 2% de crescimento para 2013 e um mercado de trabalho dinâmico, o Governo deve, uma vez mais, perguntar-se até onde está disposto a ir para prestar ajuda aos países mais frágeis da zona euro. O que faz com que o Süddeutsche Zeitung escreva:
É justamente esta dicotomia – as grandes economias como a França, a Espanha e a Itália de um lado, e o peso pesado alemão de outro – que representa o problema fundamental do clube do euro: como pode uma união monetária funcionar a longo prazo se as economias se afastam cada vez mais umas das outras? É esta a questão que se põe desde o início e para a qual os Estados ainda não encontraram resposta. Porque essa resposta está ligada a um sim ou a um não à União de transferência: os países fortes devem ajudar de forma permanente os fracos para impedir que as diferenças sejam demasiado grandes e que a comunidade se desintegre? A permanência da Grécia e de Portugal no clube, mas também a da Espanha, depende da resposta a esta pergunta. […] É preciso tomar posições claras. Compromissos arbitrários como o pacto Euro Plus ou os frágeis pacotes para o emprego não podem ser bem-sucedidos.

http://www.dn.se/ledare/kolumner/europas-slitna-mantra

Richard Swartz


Richard Swartz; nascido;  jornalista e escritor sueco; Viena; correspondente; Europa de Leste;  diário; sueco; Svenska Dagbladet; Frankfurter Allgemeine Zeitung; Süddeutschde Zeitung
Richard Swartz, nascido em 1945, é um jornalista e escritor sueco. Fixado em Viena desde 1976, foi, durante muito tempo, correspondente na Europa de Leste do diário sueco Svenska Dagbladet e colaborou com o Frankfurter Allgemeine Zeitung e o Süddeutschde Zeitung. Desde 2009, escreve nas páginas de editoriais do Dagens Nyheter. Publicou vários livros, entre eles Room Service, uma compilação de reportagens, já traduzida em várias línguas.
http://www.presseurop.eu/pt/content/article/1838421-o-crescimento-nao-se-compra-assim

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